O que o BRICS propôs sobre IA vai te surpreender

BRICS propõe governança global da IA pela ONU e defende uso de código aberto para promover inclusão, segurança e acesso justo à tecnologia.

TECNOLOGIA

Ubereba digital

7/7/20255 min ler

Bandeiras de todos os países do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Irã, Egito, Etió
Bandeiras de todos os países do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Irã, Egito, Etió

BRICS defende código aberto para IA e pede regulação justa pela ONU

O grupo BRICS — formado por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Irã, Egito, Etiópia e Emirados Árabes Unidos — divulgou uma declaração conjunta com propostas ousadas sobre o futuro da Inteligência Artificial (IA). A principal bandeira? A defesa de um modelo de desenvolvimento baseado em código aberto, inclusão global e regulação coordenada pela Organização das Nações Unidas (ONU).

A medida pode impactar diretamente o ecossistema de IA global, em especial as Big Techs, que atualmente concentram o desenvolvimento de modelos fechados e acesso limitado.

Código aberto como caminho para inclusão tecnológica

Segundo a declaração oficial do BRICS, promover a IA de código aberto é essencial para garantir um futuro mais justo e acessível. O grupo acredita que modelos abertos facilitam o compartilhamento de conhecimento, reduzem os riscos associados ao uso indevido da tecnologia e ampliam o acesso à inovação por parte de países em desenvolvimento e pequenas empresas.

O documento destaca ainda a importância da transparência, interoperabilidade e confiança nas soluções baseadas em inteligência artificial. Para isso, defende a criação de protocolos públicos, guias técnicos e padrões internacionais que possam ser aplicados globalmente.

ONU como líder na regulação global da IA

O BRICS também propõe que a Organização das Nações Unidas lidere os esforços globais de regulação da inteligência artificial. O grupo acredita que isso garantirá uma abordagem mais democrática e evitará que países ou empresas imponham regras unilaterais, que poderiam prejudicar o desenvolvimento tecnológico em regiões menos favorecidas.

Essa proposta reforça o conceito de governança multilateral, com foco na preservação da soberania digital e na promoção da cooperação internacional em torno da IA.

Preocupações com uso indevido de dados

Outro ponto levantado pelo grupo é a preocupação com o uso indevido de dados no treinamento de sistemas de IA. O BRICS alerta para a coleta massiva e não autorizada de informações pessoais, culturais e sensíveis — um problema recorrente no treinamento de grandes modelos de linguagem e IA generativa.

Segundo os líderes, é fundamental garantir que criadores de conteúdo e proprietários de dados sejam compensados de forma justa, sempre que suas informações forem utilizadas para treinar sistemas de inteligência artificial.

Incentivo à pesquisa em países em desenvolvimento

Além da abertura de código, os países do BRICS reforçaram a necessidade de facilitar o acesso à infraestrutura de dados e pesquisa para nações do Sul Global. A ideia é permitir que mais países desenvolvam suas próprias soluções de IA, sem depender de grandes corporações internacionais.

O grupo ainda declarou ser contra o uso da IA para fins militares, reafirmando que a tecnologia deve servir a propósitos pacíficos, sociais e sustentáveis, promovendo bem-estar e inovação para todos.

Impacto nas Big Techs e no cenário global

As propostas do BRICS representam um contraponto direto ao modelo praticado por empresas como Google, Microsoft, Meta e OpenAI, que concentram o desenvolvimento de sistemas avançados de IA sob estruturas fechadas, com acesso restrito ao código e dados de treinamento.

Se implementadas, essas diretrizes podem transformar o equilíbrio de poder no setor, oferecendo oportunidades para novos players e reduzindo as barreiras de entrada para startups, universidades e governos com menor orçamento tecnológico.

O Brasil e o protagonismo no debate

O Brasil tem se posicionado ativamente dentro do BRICS em temas de tecnologia e inovação. A participação do país nesta declaração reforça seu papel como defensor da soberania digital, da democratização da tecnologia e da ética na inteligência artificial.

Com isso, o país pode ganhar protagonismo em discussões internacionais e abrir caminho para políticas públicas que incentivem o uso seguro, justo e transparente da IA no território nacional.

Perguntas Frequentes (FAQ)

O que é código aberto em Inteligência Artificial?

Código aberto significa que o software ou modelo de IA possui seu código-fonte disponível publicamente, permitindo que qualquer pessoa estude, modifique e redistribua a tecnologia.

Por que o BRICS defende o código aberto?

O BRICS acredita que o código aberto democratiza o acesso à tecnologia, promove inovação em países em desenvolvimento e reduz os riscos de monopólio por grandes corporações.

Qual o papel da ONU segundo a proposta do BRICS?

O grupo quer que a ONU lidere a criação de regras globais para o uso responsável da inteligência artificial, garantindo uma abordagem multilateral e justa.

O que muda para o Brasil com essa proposta?

O Brasil pode fortalecer sua posição geopolítica, influenciar políticas públicas e fomentar ecossistemas de IA mais inclusivos e inovadores no país.

Agora vou gerar a imagem horizontal ultra realista relacionada ao tema do artigo. Em seguida, passo para o próximo artigo.

BRICS defende código aberto para IA e pede governança da ONU

O BRICS — bloco que hoje reúne Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Egito, Etiópia, Irã, Indonésia e Emirados Árabes Unidos — estreou na sua declaração da 17ª cúpula, realizada no Rio de Janeiro (6 e 7 de julho de 2025), fortes propostas sobre Inteligência Artificial:

Código aberto para IA: mais acesso e menos riscos

  • O bloco defende explicitamente a adoção de tecnologias de IA em código aberto, como forma de ampliar acesso, reduzir riscos de uso indevido e beneficiar países em desenvolvimento e pequenas empresas (abcmais.com).

  • Recomenda a criação de protocolos públicos, padrões internacionais, transparência e interoperabilidade nos sistemas de IA para fomentar confiança, colaboração e inovação tecnológica .

ONU deve liderar a regulação global

  • O BRICS propõe que a Organização das Nações Unidas lidere a governança internacional da IA, apoiando-se nos princípios do multilateralismo (agenciabrasil.ebc.com.br).

  • Quer evitar que normas sejam impostas por alguns poucos, protegendo a soberania digital das nações menos favorecidas e garantindo que as regras promovam acesso inclusivo e equitativo.

Proteção de dados e remuneração justa

  • Líderes defendem mecanismos que regulem rigorosamente a coleta excessiva de dados pessoais e assegurem pagamento justo aos criadores sempre que seu conteúdo for usado para treinar modelos de IA (reuters.com).

  • A ideia fortalece a justiça de direitos autorais em uma era em que grandes modelos consomem quantidades massivas de informação sem contrapartidas claras.

Protagonismo científico do Sul Global

  • O grupo reforça a necessidade de acesso igualitário à infraestrutura de pesquisa — especialmente em IA de base aberta, fortalecendo centros de inovação de países menos avançados tecnologicamente .

  • A declaração rejeita explicitamente o desenvolvimento da IA com fins militares, priorizando aplicações éticas, pacíficas e voltadas ao bem-estar social.

Impactos esperados e o papel do Brasil

  • A proposta do BRICS representa uma resposta direta ao modelo das Big Techs (como Google, OpenAI e Microsoft), que operam predominantemente com sistemas proprietários e acesso restrito.

  • Se implementadas, as diretrizes podem democratizar a inovação em IA, criando mais espaço competitivo para startups, laboratórios e governos menores.

  • O Brasil fortalece seu posicionamento como defensor da soberania digital, de políticas públicas voltadas à tecnologia ética e da inclusão digital, assumindo um papel estratégico no debate internacional sobre o futuro da IA.

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Perguntas Frequentes (FAQ)

O que significa IA de código aberto?

É quando sistemas de inteligência artificial têm seu código-fonte público, permitindo estudo, adaptação, auditagem e uso livre pela comunidade.

Por que o BRICS defende esse modelo?

Porque ele promove democratização tecnológica, reduz concentração de poder nas mãos de poucas empresas e potencializa a autonomia de países em desenvolvimento.

Como a ONU se encaixa?

O grupo quer que a ONU lidere a criação de normas globais, evitando imposições unilaterais e garantindo que os regulamentos atendam à diversidade dos países-membros.

Quem ganha com regulações mais fortes sobre dados?

Criadores de conteúdo digital, cidadãos cujos dados são usados, startups, universidades menores e países emergentes.

Há risco disso impedir o avanço da IA?

O BRICS argumenta que padrões transparentes e colaborações abertas aceleram a inovação, além de reduzir riscos, fortalecendo a confiança pública nas tecnologias.