BRICS avançam na construção de cabos submarinos próprios e desafiam domínio digital ocidental
Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul iniciam projeto para criar cabos submarinos exclusivos, reforçando a soberania digital e mudando a arquitetura da internet global.
TECNOLOGIA


BRICS planejam construir cabos submarinos próprios para fortalecer soberania digital
Uma notícia com potencial de mudar a estrutura da internet global foi anunciada durante a cúpula do BRICS no Rio de Janeiro. Os países que compõem o bloco — Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul — confirmaram que vão iniciar os estudos de viabilidade para a construção de cabos submarinos exclusivos, com o objetivo de criar uma infraestrutura de telecomunicações independente dos grandes centros ocidentais.
A proposta, que já vinha sendo discutida nos bastidores, agora ganha caráter oficial e estratégico, sinalizando uma movimentação global importante no cenário da tecnologia e da geopolítica digital.
📡 O que são cabos submarinos e por que eles são importantes?
Os cabos submarinos são estruturas de transmissão de dados instaladas no fundo do mar, responsáveis por cerca de 99% do tráfego global de internet. Sem eles, não seria possível transmitir rapidamente dados entre países e continentes.
Atualmente, a maior parte desses cabos é controlada por empresas privadas ou por consórcios de países ocidentais, principalmente os Estados Unidos, o Japão e alguns países da Europa. Isso significa que quem detém o controle dos cabos tem uma grande influência sobre o fluxo global de dados, o que inclui também questões de segurança cibernética e vigilância.
🌐 A estratégia do BRICS: uma resposta geopolítica e digital
A construção de cabos submarinos próprios pelos países do BRICS surge como uma resposta à crescente preocupação com a soberania digital. Com um sistema de cabos independente, o bloco busca garantir maior segurança nas comunicações, evitando possíveis interceptações ou interferências externas.
De acordo com a Declaração Oficial da Cúpula do BRICS, os estudos vão avaliar rotas viáveis e custos para a instalação dos cabos. A prioridade é conectar diretamente os países do bloco, reduzindo a dependência de rotas controladas por outras nações.
"Precisamos ter a capacidade de controlar nossos próprios fluxos de dados", afirmou um representante brasileiro durante o encontro.
🚀 Quais são os principais impactos dessa iniciativa?
1. Maior segurança e privacidade
Com seus próprios cabos, os países do BRICS poderão ter maior controle sobre o tráfego de informações sensíveis, dificultando ações de espionagem ou monitoramento externo.
2. Soberania digital
O projeto fortalece o conceito de soberania digital, permitindo que os dados transitem exclusivamente por infraestrutura de propriedade nacional ou regional.
3. Impacto econômico e tecnológico
Além de segurança, o novo sistema pode acelerar o desenvolvimento de tecnologias locais, reduzir custos de telecomunicação e atrair investimentos em data centers e redes de alta velocidade nos países do bloco.
4. Mudança no equilíbrio global da internet
Atualmente, a internet global é fortemente centralizada em torno de rotas ocidentais. A criação de cabos submarinos pelo BRICS pode alterar esse equilíbrio, promovendo uma internet mais descentralizada.
🌍 Como o Brasil se posiciona neste projeto?
O Brasil tem papel central no projeto, tanto por sua posição geográfica estratégica quanto por sua experiência anterior em projetos de cabos submarinos. A Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) e outras instituições brasileiras já participam de iniciativas semelhantes.
O governo brasileiro destacou que a participação no projeto faz parte de uma política de Estado para promover a inclusão digital e a proteção de dados dos cidadãos.
Além disso, o projeto pode beneficiar diretamente o Brasil, melhorando a conectividade entre continentes, especialmente entre América Latina, África e Ásia.
🔎 Desafios e pontos de atenção
Apesar do grande potencial, o projeto não é simples. Os custos para instalação de cabos submarinos são altíssimos — podendo ultrapassar bilhões de dólares. Além disso, há desafios técnicos e geopolíticos que precisam ser superados.
Entre os desafios principais:
Financiamento do projeto;
Definição das rotas;
Licenciamento ambiental;
Cooperação política entre os membros do bloco.
📊 Impacto global: um novo marco na disputa pela internet
A decisão do BRICS de investir em infraestrutura própria de internet reforça a tendência global de fragmentação digital. Cada vez mais, países e blocos econômicos buscam reduzir a dependência de redes controladas por potências estrangeiras.
Esse movimento também tem implicações para a governança global da internet, um tema sensível e estratégico que deve ganhar força nos próximos anos.
📌 Resumo da iniciativa:
Objetivo: Construir cabos submarinos exclusivos do BRICS.
Motivação: Fortalecer a soberania digital e a segurança dos dados.
Participantes: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Impactos esperados:
Mais privacidade e segurança no tráfego de dados.
Redução da dependência de redes ocidentais.
Possível redução de custos em telecomunicações.
Fortalecimento do mercado digital nos países do bloco.
🔗 Fontes:
Agência Brasil (Notícia oficial da Cúpula do BRICS):
https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2025-07/paises-do-brics-querem-os-proprios-cabos-submarinos-de-comunicacao
✅ Este conteúdo foi adaptado para o portal Uberaba Digital, que traz as últimas novidades sobre tecnologia, inovação e transformação digital.
❓ FAQ – Perguntas frequentes
O que é soberania digital?
É a capacidade de um país ou bloco de países de controlar seus próprios dados, infraestrutura de rede e plataformas digitais, evitando interferências externas.
Por que os cabos submarinos são tão importantes?
Eles são a espinha dorsal da internet global, responsáveis pela maior parte da transmissão de dados entre países e continentes.
Quanto tempo demora para construir um cabo submarino?
Em média, o projeto completo pode levar de 3 a 5 anos, considerando estudos de viabilidade, licenciamento, fabricação e instalação.
O Brasil já tem experiência com cabos submarinos?
Sim. O Brasil já participa de projetos como o cabo EllaLink, que conecta o país diretamente à Europa, e de outras iniciativas de conectividade internacional.
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