Trump prepara ordens executivas para impulsionar a Inteligência Artificial nos EUA e enfrentar avanço da China

Donald Trump planeja ordens executivas para acelerar a IA nos EUA, expandir energia e superar a China na corrida tecnológica global. Veja o que está por vir.

TECNOLOGIA

Uberaba digital

6/27/20255 min ler

 Donald Trump sentado à mesa do Salão Oval da Casa Branca, assinando documentos oficiais com express
 Donald Trump sentado à mesa do Salão Oval da Casa Branca, assinando documentos oficiais com express

Trump prepara ordens executivas para acelerar o avanço da Inteligência Artificial nos EUA

Na manhã desta sexta-feira, 27 de junho de 2025, o mundo da tecnologia e da política foi surpreendido com uma notícia de peso: o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, revelou que está preparando uma série de ordens executivas com o objetivo de fortalecer o desenvolvimento da Inteligência Artificial (IA) no país. A medida surge em meio a um cenário geopolítico cada vez mais acirrado, onde a corrida tecnológica entre os EUA e a China tem se tornado um dos grandes pontos de tensão global.

Essas novas ações, caso concretizadas, podem não apenas remodelar a infraestrutura tecnológica americana, mas também impactar diretamente o equilíbrio de poder em nível global. Neste blog post, vamos mergulhar nos detalhes dessa iniciativa, entender os motivos por trás dessa movimentação, analisar o cenário atual da IA e seus reflexos futuros.

📌 O que está por trás das ordens executivas de Trump?

Segundo a Reuters, que revelou a notícia em primeira mão, Trump está articulando um plano estratégico que será divulgado oficialmente até o final de julho — possivelmente durante o chamado "AI Action Day", programado para o dia 23 de julho, evento que deve reunir empresários, investidores e nomes fortes do setor tecnológico.

Entre as principais metas das ordens executivas estão:

  • Expandir a oferta de energia elétrica nos EUA, especialmente em regiões estratégicas para a instalação de datacenters.

  • Facilitar o uso de terras federais para a construção de hubs tecnológicos e estruturas que demandam alto consumo energético.

  • Reduzir barreiras regulatórias para acelerar a construção de infraestrutura voltada à IA.

  • Garantir vantagem competitiva frente à China no desenvolvimento de tecnologias emergentes.

O movimento reflete uma tentativa clara de garantir que os Estados Unidos liderem o cenário da IA nos próximos anos, mesmo diante da crescente influência chinesa em áreas como computação quântica, robótica e aprendizado de máquina.

⚡ Por que a energia é o novo petróleo da IA?

Embora a maioria das pessoas pense que os desafios da IA estão ligados ao desenvolvimento de algoritmos ou ao avanço dos chips, há um outro elemento que tem se tornado tão estratégico quanto: energia elétrica.

O crescimento exponencial dos modelos de IA — como o ChatGPT, Claude, Gemini e modelos open-source — exige centros de dados gigantescos e consumo massivo de energia. A título de comparação, treinar um modelo de linguagem de última geração pode consumir mais energia do que uma pequena cidade consome em um mês inteiro.

Trump reconhece isso. E segundo seus assessores, um dos principais focos de suas ordens executivas será a criação de incentivos e flexibilizações regulatórias para expandir a matriz energética. Isso inclui autorizações mais rápidas para novas usinas, parcerias público-privadas, e até a exploração de energia nuclear em áreas tecnológicas.

🧠 Trump vs. Biden: uma corrida tecnológica (e política)

O anúncio também marca uma clara tentativa de reconstruir o discurso político de Trump em torno da inovação e competitividade global. Enquanto o atual presidente, Joe Biden, já implementou iniciativas importantes como o CHIPS and Science Act, que investe em semicondutores e pesquisa científica, Trump agora posiciona a IA como peça-chave do seu novo plano de governo.

Analistas acreditam que isso pode impactar o comportamento do eleitorado jovem e dos setores empresariais de tecnologia, principalmente no Vale do Silício e em estados como Texas, que vêm se transformando em polos de datacenters e startups de IA.

🏗️ IA, Infraestrutura e Terras Federais

Outro ponto-chave das ordens executivas será o uso de terras públicas federais para implantação de infraestruturas ligadas à IA. A ideia é liberar rapidamente terrenos ociosos em regiões estratégicas para a construção de servidores, datacenters e parques tecnológicos. Isso permitiria uma descentralização dos grandes polos de tecnologia, hoje concentrados na Califórnia, e estimularia a inovação em estados como Utah, Dakota do Sul, Novo México e Arizona.

Essa decisão pode ter forte apelo econômico, criando empregos e atraindo investimentos em regiões menos desenvolvidas, além de gerar uma nova onda de migração interna por parte de profissionais do setor de tecnologia.

A sombra da China no plano de IA

Trump tem sido vocal sobre a necessidade de conter o avanço da China na corrida da IA. Segundo ele, Pequim já superou os EUA em diversas áreas, inclusive em chips de IA, reconhecimento facial, robótica industrial e cibersegurança.

A resposta americana, portanto, precisa ser agressiva e imediata. Por isso, as ordens executivas vêm sendo tratadas como uma questão de segurança nacional, e não apenas de estratégia econômica ou de inovação.

Vale lembrar que a China já investiu bilhões em centros de IA como o de Xangai, Shenzhen e Chengdu, além de ter apoio direto do governo central para pesquisas militares e industriais.

💬 O que dizem os especialistas?

Segundo analistas da Bloomberg e do Wall Street Journal, a estratégia de Trump não é apenas eleitoreira: ela faz sentido técnico. Isso porque o gargalo de energia e infraestrutura já está atrasando diversos projetos de IA nos EUA.

Alguns especialistas dizem que a concorrência global pela energia e pelos chips mais avançados já começou — e a velocidade com que os governos reagem a isso pode definir os vencedores dessa nova era tecnológica.

Outros, porém, alertam que simplificar licenças e liberar terrenos públicos sem critério pode gerar impactos ambientais e sociais sérios. A solução, portanto, exige equilíbrio entre rapidez e responsabilidade.

🌍 Reflexos globais: o mundo de olho nos EUA

A iniciativa de Trump também será observada de perto por governos da Europa, América Latina e Ásia. Países como Alemanha, Coreia do Sul e Índia já têm estratégias nacionais de IA e podem reagir acelerando seus próprios projetos.

O Brasil, por exemplo, lançou recentemente um plano de incentivo à IA no agronegócio e em cidades inteligentes, mas enfrenta dificuldades em infraestrutura energética, algo que o governo americano agora está tentando resolver de forma preventiva.

🚀 O que pode acontecer a seguir?

Se as ordens executivas forem publicadas oficialmente no AI Action Day em julho, os efeitos imediatos podem incluir:

  • Alta nas ações de empresas de energia, IA e infraestrutura.

  • Início de novos projetos tecnológicos em estados estratégicos.

  • Pressão sobre o governo Biden para responder com medidas semelhantes.

  • Críticas de ambientalistas e ONGs de preservação territorial.

A médio e longo prazo, o sucesso da estratégia de Trump dependerá da execução prática, da colaboração com o setor privado e do apoio do Congresso — o que ainda é uma incógnita.

🧠 FAQ – Perguntas frequentes

1. O que são ordens executivas?

São decretos assinados pelo presidente dos EUA com força de lei imediata, sem necessidade de aprovação do Congresso. Elas são usadas para implementar medidas administrativas ou emergenciais.

2. Por que a IA consome tanta energia?

Porque os modelos de linguagem e visão computacional exigem servidores potentes operando 24h por dia. O processo de treinamento e inferência de IA depende de GPUs que consomem muita eletricidade.

3. Quais empresas podem ser beneficiadas com essa iniciativa?

Empresas como Nvidia, Microsoft, Google, Amazon (AWS), OpenAI, além de companhias de energia e construção civil.

4. A China está realmente à frente dos EUA em IA?

Depende do setor. Em reconhecimento facial, vigilância e integração com governos, a China tem vantagem. Já os EUA lideram em inovação de software, como modelos de linguagem e IA generativa.

5. Quando as ordens executivas serão divulgadas oficialmente?

A expectativa é que isso aconteça no evento “AI Action Day”, marcado para 23 de julho de 2025.