Meta fecha contrato com usina nuclear para impulsionar IA nos EUA

Parceria garante energia limpa para os data centers da Meta e marca nova era na relação entre tecnologia, IA e fontes sustentáveis. Saiba mais no Uberaba Digital.

TECNOLOGIA

Lindomar maciel

6/5/20254 min ler

Meta fecha contrato com usina nuclear para impulsionar IA nos EUA
Meta fecha contrato com usina nuclear para impulsionar IA nos EUA

Meta fecha contrato com usina nuclear para abastecer expansão de IA: entenda o impacto

A Meta, empresa controladora do Facebook, Instagram e WhatsApp, acaba de dar um passo ousado rumo ao futuro da tecnologia e da sustentabilidade. Em uma decisão que pode redefinir a forma como grandes empresas lidam com o consumo energético, a gigante firmou um contrato de 20 anos com a usina nuclear Clinton Clean Energy Center, nos Estados Unidos.

O objetivo? Garantir uma fonte limpa, constante e confiável de energia para seus data centers e operações de inteligência artificial. Mas essa decisão não está isolada. Ela representa uma mudança profunda na forma como o setor de tecnologia encara a energia — e tem tudo para impactar o mercado global, inclusive o Brasil.

Energia limpa e IA: a nova prioridade da Meta

Acordos de fornecimento energético já são comuns no setor de tecnologia, mas o contrato da Meta com uma usina nuclear representa um novo patamar. O acordo envolve a compra direta de energia da usina Clinton, administrada pela Constellation Energy, localizada no estado de Illinois (EUA). Essa energia será utilizada para abastecer as operações da Meta com IA, que têm demandado volumes cada vez maiores de energia elétrica.

Com o avanço de tecnologias como modelos generativos de linguagem, machine learning e sistemas inteligentes de recomendação, a infraestrutura da Meta está em plena expansão. E não só ela: outras big techs também buscam soluções energéticas para escalar suas plataformas.

Por que escolher a energia nuclear?

Ao optar por energia nuclear, a Meta foge da dependência de fontes intermitentes como solar e eólica. Embora essas fontes sejam renováveis, elas têm um problema: não garantem fornecimento contínuo. A nuclear, por sua vez, entrega energia estável e com baixa emissão de carbono, algo essencial para manter data centers funcionando 24 horas por dia.

Esse movimento também é estratégico: o contrato ajudará a manter ativa a usina de Clinton, que poderia ser desativada após o fim do programa estadual de créditos de emissão zero, previsto para encerrar em 2027. Com o novo acordo, a planta terá aumento de 30 MW de capacidade e garantirá mais de 1.100 empregos locais.

Uma tendência global que chega ao Brasil?

Embora o Brasil ainda não tenha anunciado acordos semelhantes entre empresas de tecnologia e usinas nucleares, o tema está ganhando força. O governo brasileiro tem discutido parcerias com os EUA, China e Rússia para viabilizar pequenos reatores nucleares modulares (SMRs), com o objetivo de diversificar a matriz energética nacional.

Além disso, há uma corrida por data centers no país. Só em 2024, foram anunciados mais de 46 novos projetos. O problema é que muitos deles estão sendo construídos em regiões com infraestrutura elétrica limitada, o que levanta a urgência por soluções como as que a Meta está implementando nos EUA.

Portais como o Uberaba Digital têm abordado a importância da tecnologia limpa e o papel da energia no crescimento digital sustentável, principalmente em cidades inovadoras do interior, como Uberaba (MG), que abriga um parque tecnológico em plena ascensão.

O impacto para o futuro da tecnologia

Com o crescimento exponencial da IA, empresas como a Meta, Google, Microsoft e Amazon estão buscando novas formas de energia que atendam à sua demanda sem comprometer o planeta. A aposta na energia nuclear pode ser controversa, mas representa uma alternativa sólida diante das limitações das fontes renováveis tradicionais.

A movimentação da Meta também pode incentivar uma nova mentalidade no setor corporativo: a de assumir responsabilidade direta pelo impacto energético de seus produtos e plataformas. Em vez de apenas comprar créditos de carbono, empresas estão investindo diretamente em infraestrutura energética de baixo carbono.

Brasil pode seguir o mesmo caminho?

Sim, é possível. O Brasil possui duas usinas nucleares em operação (Angra 1 e 2), além de planos de concluir Angra 3. Porém, a burocracia, os custos altos e as preocupações ambientais ainda travam a expansão desse setor. A entrada de players privados, especialmente do setor de tecnologia, poderia acelerar esse processo.

Com a digitalização da indústria, o avanço da IA, o crescimento dos data centers e o fortalecimento de hubs de inovação (como os que estão surgindo em cidades como Uberaba), é urgente que o Brasil comece a discutir sua matriz energética com foco no futuro digital. E a energia nuclear, gostemos ou não, faz parte dessa equação.

O que esperar nos próximos anos?

A decisão da Meta não é isolada. Ela faz parte de um movimento coordenado de grandes empresas que, inclusive, assinaram compromissos internacionais para triplicar a capacidade de energia nuclear no mundo até 2050. E isso tem tudo para influenciar governos, reguladores e empresas ao redor do globo.

Enquanto isso, por aqui, cabe acompanhar as discussões sobre a inserção da energia nuclear na matriz brasileira de forma segura, eficiente e responsável. Sites como o uberabadigital.com continuarão acompanhando de perto os desdobramentos desse cenário e suas implicações para o Brasil.

🔎 Perguntas frequentes (FAQ)

✅ Por que a Meta escolheu energia nuclear?

A Meta escolheu energia nuclear por ser uma fonte limpa, estável e confiável, ideal para abastecer data centers que operam 24 horas por dia, especialmente com o crescimento da inteligência artificial.

✅ Quando começa o fornecimento de energia para a Meta?

A entrega de energia da usina nuclear Clinton para os data centers da Meta deve começar em junho de 2027.

✅ Qual a duração do contrato entre Meta e a usina nuclear?

O contrato firmado entre a Meta e a Constellation Energy tem duração de 20 anos.

✅ O Brasil tem potencial para repetir esse modelo?

Sim. O Brasil possui infraestrutura nuclear e está negociando com países para desenvolver reatores modulares, o que pode viabilizar parcerias semelhantes no futuro.

✅ Qual o papel do site uberabadigital.com nesse contexto?

O site uberabadigital.com acompanha tendências de tecnologia, inovação, energia e transformação digital, com foco em cidades inteligentes e crescimento sustentável, como Uberaba.