Goiás vira polo de IA no Brasil e atrai investimento da Nvidia

Goiás se destaca na inteligência artificial, atrai a Nvidia, instala supercomputadores e pode liderar o setor no Brasil com apoio do Ceia/UFG.

TECNOLOGIA

Lindomar maciel

6/5/20254 min ler

Goiás vira polo de IA no Brasil e atrai investimento da Nvidia
Goiás vira polo de IA no Brasil e atrai investimento da Nvidia

Goiás está entrando de vez no jogo da inteligência artificial — e com apoio da Nvidia!

Se alguém dissesse, uns dois anos atrás, que o estado de Goiás ia virar referência nacional em inteligência artificial, muita gente ia torcer o nariz.

“Goiás? Sério?”

Pois é. Mas é sério mesmo. E olha... o que está acontecendo por lá é de encher os olhos. Não é só um projeto bonito no papel, não. É investimento, gente capacitada, pesquisa de verdade e até supercomputadores de última geração. E pra deixar tudo ainda mais interessante, tem o dedo da Nvidia nessa história — sim, aquela mesma, dos chips e placas de vídeo que todo mundo que joga no PC conhece.

Quer entender melhor esse movimento? Então bora conversar sobre o que Goiás está fazendo, por que isso importa e o que tem de tão especial nesse projeto todo.

Um centro de IA no coração do Brasil

Tudo começa com o Ceia — o Centro de Excelência em Inteligência Artificial da Universidade Federal de Goiás (UFG). É lá que boa parte dessa revolução está acontecendo. Eles criaram um espaço onde pesquisadores, empresas, startups e o governo trabalham juntos pra desenvolver soluções com IA que realmente fazem diferença na vida das pessoas.

E não é exagero. Já são mais de R$ 269 milhões em investimentos e mais de 90 empresas conectadas ao projeto. Tem projeto pra melhorar diagnóstico de doenças, automatizar processos do governo, ajudar o agronegócio... tudo isso com tecnologia que, até pouco tempo atrás, parecia coisa de filme futurista.

E aí entra a Nvidia na jogada

O ponto de virada mesmo foi quando a Nvidia — uma das empresas mais respeitadas do mundo em inteligência artificial e supercomputação — decidiu apostar em Goiás. Eles olharam pro que o Ceia estava fazendo e pensaram: “Opa, tem coisa boa acontecendo aí.”

A Nvidia tem um programa chamado AI Nations, que apoia países e regiões que querem criar estratégias sérias de desenvolvimento em IA. E sabe o que aconteceu? O Ceia/UFG foi o primeiro centro brasileiro a entrar nesse programa.

Isso é gigante.

Como parte dessa parceria, em março de 2025, chegaram em Goiás os oito primeiros supercomputadores com GPUs Nvidia Blackwell B200 da América Latina. O nome pode parecer técnico, mas pensa assim: são máquinas extremamente potentes, capazes de processar uma quantidade absurda de dados e acelerar pesquisas que antes demoravam meses.

Esses equipamentos custam, juntos, cerca de R$ 40 milhões. Ou seja, não é qualquer investimento. É um passo enorme pra colocar Goiás no mapa global da inovação.

Tá, mas o que Goiás tem de diferente?

Boa pergunta.

O que impressiona não é só o dinheiro ou os computadores. É o jeito como tudo está sendo feito.

Enquanto muitos lugares tentam atrair empresas de tecnologia oferecendo incentivos fiscais e esperando que algo mágico aconteça, Goiás resolveu construir a base antes. Eles começaram pela educação, criaram leis específicas pra inovação, conectaram universidades, startups e o governo num mesmo ecossistema. Isso dá uma base firme pra tudo crescer sem depender só da boa vontade do mercado.

Um exemplo legal: Goiás foi o primeiro estado do Brasil a criar uma lei estadual focada no fomento à inovação com IA. Isso ajuda a destravar recursos, a facilitar parcerias e a garantir que o setor continue crescendo com responsabilidade.

Outro ponto forte é a infraestrutura. Ter supercomputadores é ótimo, mas de que adianta se não tiver internet rápida ou espaço pra pesquisa? Lá, isso já tá sendo resolvido com redes de dados potentes e espaços dedicados à inovação. Coisa fina, mesmo.

Isso tudo parece longe da realidade... Mas nem é

Pode parecer que isso tudo acontece num mundo à parte, longe da vida da maioria das pessoas. Mas o impacto já tá chegando no dia a dia, aos poucos.

Por exemplo: tem projeto do Ceia ajudando médicos a diagnosticar doenças raras com mais precisão. Outro ajuda agricultores a prever pragas nas lavouras e economizar dinheiro. Tem até solução de IA que está sendo usada pra evitar fraudes em serviços digitais do governo.

Ou seja, a tecnologia que tá sendo desenvolvida ali não é só pra laboratório ou empresa grande. Ela tá ajudando a resolver problemas reais, de gente como eu e você.

E o que isso significa pro Brasil?

Essa movimentação em Goiás tem um significado maior. Mostra que o Brasil pode, sim, liderar em tecnologia de ponta — mesmo fora dos grandes centros como São Paulo ou Rio.

A América Latina ainda tá engatinhando quando o assunto é inteligência artificial. Então, ter um polo desse nível aqui no Brasil, bem estruturado e com apoio de uma gigante como a Nvidia, é uma oportunidade de ouro. Pode ser o começo de um movimento maior, que coloca o país numa posição estratégica no mapa da inovação global.

E o melhor de tudo: isso serve de exemplo pra outras regiões do Brasil que querem entrar nesse jogo.

Então, dá pra aprender com Goiás?

Com certeza.

Goiás tá mostrando que não precisa estar em uma capital gigantesca nem ter um Vale do Silício no quintal pra fazer coisa boa com tecnologia. Com uma estratégia bem pensada, investimento em gente capacitada e parcerias certas, dá pra construir um futuro inovador de verdade.

O segredo tá em não esperar cair do céu. Tem que ter vontade, coragem e, claro, um pouco de ousadia.

Aliás, se você mora em algum estado ou cidade que tem universidade, startups e vontade de crescer, por que não pensar num movimento parecido? Não precisa copiar tudo, mas dá pra adaptar, aprender e fazer do seu jeito.

Como dizem por aqui: quem não arrisca, não petisca.

No fim das contas...

O que Goiás tá fazendo não é só um projeto bonito pra mostrar na propaganda. É uma construção de longo prazo, feita com pé no chão, mas com a cabeça olhando lá na frente.

E sim, a chegada da Nvidia é um marco. Mas o verdadeiro diferencial tá na forma como o estado escolheu crescer: apostando em pessoas, ciência e propósito.

Se você gosta de tecnologia ou simplesmente acredita que o Brasil pode mais, fica de olho nesse movimento. Ele tá só começando. E se continuar nesse ritmo, ainda vai dar muito o que falar.

Quer acompanhar mais histórias como essa? Dá uma olhada lá no uberabadigital.com — sempre tem coisa boa pintando por lá.