Dengue: Sintomas, Riscos e Prevenção em Uberaba
Descubra o que é a dengue, seus sintomas e riscos. Aprenda como proteger sua família em Uberaba, MG, com dicas para eliminar o Aedes aegypti e prevenir criadouros do mosquito. Mantenha sua cidade livre da dengue!
UBERABA


Dengue: Um Inimigo Silencioso que Podemos Combater Juntos
Imagine uma manhã tranquila em Uberaba, o sol brilhando sobre o Triângulo Mineiro, as crianças brincando nas praças e o som dos passarinhos ecoando entre as árvores do Parque das Acácias. De repente, alguém da família começa a sentir um calor estranho, uma dor de cabeça insistente, febre alta e um cansaço que não explica. Pode ser só um resfriado, você pensa. Mas, aqui no Brasil, especialmente em cidades como a nossa, com clima quente e chuvas frequentes, esses sintomas podem ser o sinal de algo mais sério: a dengue.
Eu já vi isso acontecer. Minha vizinha, Dona Maria, uma senhora cheia de vida que adora cuidar das suas plantas, passou por isso no último verão. Ela achou que era só um mal-estar passageiro, mas logo veio o diagnóstico: dengue. Felizmente, ela se recuperou, mas não sem alguns dias de preocupação para toda a família. Histórias como a dela não são raras, e é por isso que eu quero conversar com você hoje sobre esse mosquito insistente, o Aedes aegypti, que insiste em fazer parte das nossas vidas – e como podemos, juntos, mandar ele embora de vez.
A dengue não é novidade para ninguém. Ouvimos falar dela nos noticiários, nas campanhas da prefeitura, nas conversas na padaria. Mas, às vezes, só paramos para pensar de verdade quando ela bate à nossa porta. Então, neste artigo, vou te contar tudo o que você precisa saber sobre a dengue: o que ela é, como ela se espalha, os sintomas, os riscos e, principalmente, como prevenir. Vamos falar de um jeito humano, como se estivéssemos sentados na varanda tomando um café, porque acredito que entender esse problema é o primeiro passo para proteger quem a gente ama.
O Que é a Dengue e Por Que Ela Nos Preocupa?
A dengue é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, aquele bichinho pequeno, preto com listras brancas, que parece inofensivo, mas carrega um vírus que pode mudar a vida de uma pessoa em poucos dias. O vírus da dengue tem quatro sorotipos diferentes – DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4 –, o que significa que uma pessoa pode pegar dengue mais de uma vez, já que a imunidade contra um tipo não protege contra os outros. E, em casos mais graves, essas infecções repetidas podem aumentar o risco de complicações.
Aqui em Uberaba, como em tantas outras cidades brasileiras, o clima quente e úmido cria o ambiente perfeito para o Aedes se multiplicar. Basta uma chuvinha de verão para encher um pneu velho no quintal, uma calha entupida ou até uma tampinha de garrafa esquecida com água parada. É aí que o mosquito faz a festa: ele põe seus ovos, que podem sobreviver por meses, esperando a próxima chuva para nascerem. Não é à toa que os casos de dengue costumam explodir entre o fim da primavera e o início do outono.
Segundo dados do Ministério da Saúde, só em 2024 o Brasil registrou mais de 6 milhões de casos suspeitos de dengue até outubro, com milhares de internações e, infelizmente, centenas de mortes. Em Minas Gerais, não foi diferente: o estado enfrentou surtos em várias regiões, e Uberaba, com sua população de mais de 340 mil habitantes, também sentiu o impacto. É um número que assusta, mas que também nos lembra que não estamos sozinhos nessa luta.
A dengue não escolhe idade, gênero ou bairro. Ela pode atingir a Dona Maria, que mora na minha rua, o Joãozinho, que joga bola no campinho, ou até você, que está lendo isso agora. Por isso, entender como ela funciona é o primeiro passo para nos protegermos.
Como a Dengue Chega Até Nós?
Tudo começa com o Aedes aegypti. Esse mosquito é esperto: ele gosta de viver perto da gente, dentro das nossas casas, nos quintais, nas praças. Diferente de outros mosquitos, que preferem o mato ou os rios, o Aedes é urbano. Ele se alimenta de sangue humano – geralmente durante o dia, ao amanhecer ou no fim da tarde – e é a fêmea que nos pica, porque ela precisa do nosso sangue para desenvolver seus ovos.
Quando uma fêmea infectada com o vírus da dengue pica alguém, ela transmite o vírus. Aí, em cerca de 4 a 10 dias, essa pessoa pode começar a sentir os sintomas. E o ciclo não para: se outro Aedes pica essa pessoa enquanto ela está doente, ele também fica infectado e pode espalhar o vírus para mais gente. É uma corrente que só quebra se a gente interromper.
Mas o que faz o mosquito aparecer tanto? Água parada. Pode ser em um vaso de planta, uma caixa d’água mal vedada, um copo descartável jogado no quintal ou até uma poça na rua. Ele não precisa de muito: uma colher de sopa de água já é suficiente para virar um criadouro. E, em uma cidade como Uberaba, onde as chuvas de verão são comuns e o calor acelera o ciclo de vida do mosquito, a situação pode sair do controle rapidinho se não tomarmos cuidado.
Os Sintomas: Como Saber se é Dengue?
A dengue não avisa que está chegando com um cartão de visita. Os sintomas aparecem de repente e podem variar de leves a graves. Vamos imaginar o caso da Dona Maria: um dia, ela acordou com febre alta, acima de 38°C, e uma dor de cabeça que parecia um martelo batendo na testa. Ela me contou que sentia o corpo todo dolorido, como se tivesse corrido uma maratona – coisa que, aos 65 anos, ela jura que nunca fez! Além disso, veio uma fadiga que a deixou sem ânimo até para regar as samambaias.
Esses são os sinais clássicos da dengue:
- Febre alta e repentina, que pode durar de 2 a 7 dias.
- Dor de cabeça forte, muitas vezes acompanhada de dor atrás dos olhos.
- Dores musculares e nas articulações, que dão aquela sensação de “corpo quebrado”.
- Cansaço extremo, que faz até levantar da cama parecer um esforço hercúleo.
- Manchas vermelhas na pele, que aparecem em alguns casos, geralmente depois da febre.
Mas nem todo mundo tem sintomas tão claros. Algumas pessoas – especialmente crianças ou quem pega dengue pela primeira vez – podem ter só um mal-estar leve, quase como uma gripe. O problema é quando a doença evolui para algo mais sério, a chamada dengue grave ou hemorrágica.
Nos casos graves, os sintomas podem incluir:
- Dor abdominal intensa e contínua, que não passa com remédio comum.
- Vômitos persistentes, que deixam a pessoa desidratada.
- Sangramentos, como gengivas que sangram ao escovar os dentes, nariz sangrando ou manchas roxas na pele.
- Queda de pressão, com tontura e fraqueza extrema.
Foi o que aconteceu com o sobrinho de um amigo meu aqui do bairro. Ele começou com febre, mas, em poucos dias, estava no hospital com sangramentos leves e precisou de cuidados intensivos. Felizmente, ele se recuperou, mas a família ficou em pânico. A dengue grave é rara, mas pode ser fatal, especialmente se não for tratada a tempo. Por isso, ao menor sinal de alerta, o jeito é procurar um médico rapidinho.
O Tratamento: O Que Fazer se a Dengue Chegar?
Infelizmente, não existe um remédio específico para a dengue, como um antibiótico para infecções bacterianas. O vírus precisa seguir seu curso, mas isso não significa que a gente fica de mãos atadas. O tratamento foca em aliviar os sintomas e evitar complicações.
Quando Dona Maria foi ao posto de saúde, o médico mandou ela descansar bastante, tomar muito líquido – água, suco, chá, o que ela conseguisse – e usar paracetamol para baixar a febre e aliviar a dor. Ele também alertou: nada de aspirina ou ibuprofeno, porque esses remédios podem aumentar o risco de sangramentos.
Para quem está em casa cuidando de alguém com dengue, o segredo é hidratação. O vírus pode fazer o corpo perder líquido rapidinho, e isso é ainda mais perigoso em crianças e idosos. Caldos, sopas leves e até água de coco são aliados nessa hora. E, claro, ficar de olho: se a pessoa começar a vomitar muito, sentir dor forte na barriga ou apresentar sangramentos, é hora de correr para o hospital.
Nos casos graves, como o do sobrinho do meu amigo, o tratamento é feito no hospital, muitas vezes com soro na veia para repor líquidos e, em situações extremas, até transfusão de sangue. Mas, graças aos esforços dos médicos e à atenção da família, a maioria das pessoas se recupera bem.
A Prevenção: Como Manter o Mosquito Longe da Nossa Vida
Chegamos à parte mais importante: prevenir a dengue. Se eu pudesse gritar uma coisa do alto do Morro do Chapéu aqui em Uberaba, seria: “O Aedes só vive onde a gente deixa!”. Somos nós, com nossas ações do dia a dia, que podemos cortar o mal pela raiz. E o melhor? Não é tão difícil quanto parece. Vamos detalhar os modos de prevenção de um jeito prático e humano, porque acredito que, juntos, podemos fazer a diferença.
1. Elimine a Água Parada – O Berço do Mosquito
O Aedes aegypti não voa muito longe – geralmente fica a uns 100 metros de onde nasceu. Então, o criadouro dele está pertinho de nós, muitas vezes no nosso próprio quintal. Aqui vai uma lista do que fazer:
- Vasos de plantas: Sabe aquele pratinho embaixo do vaso da Dona Maria? Ele é um clássico! Jogue fora a água acumulada toda semana e, se possível, coloque areia no pratinho para evitar que a água fique parada.
- Caixas d’água e cisternas: Mantenha elas bem tampadas. Uma tampa mal colocada pode virar um resort para o mosquito.
- Pneus velhos: Aqui em Uberaba, com tanta fazenda por perto, é comum ter pneus largados. Guarde eles em local coberto ou entregue para a coleta da prefeitura.
- Garrafas e copos descartáveis: Não deixe eles jogados no quintal ou na rua. Vire de cabeça para baixo ou coloque no lixo reciclável.
- Calhas: Depois de uma chuva, confira se as calhas estão entupidas. Água parada ali é um convite para o Aedes.
- Piscinas e fontes: Se não usa, trate com cloro ou esvazie. Uma piscina suja é um paraíso para o mosquito.
Eu já fiz esse mutirão no meu quintal: levei uns 15 minutos para checar tudo, jogar água fora e guardar o que podia. Parece pouco, mas é o suficiente para evitar um problemão.
2. Use Repelentes e Proteções Pessoais
Enquanto a gente elimina os criadouros, também pode se proteger das picadas. Repelentes com DEET, icaridina ou IR3535 são eficazes e seguros, até para crianças acima de 2 anos e grávidas (confira as instruções!). Passe nas áreas expostas do corpo, como braços e pernas, especialmente de manhã e no fim da tarde, quando o Aedes está mais ativo.
Roupas compridas ajudam também. Eu sei que, com o calor de Uberaba, ninguém quer usar manga longa o dia todo, mas uma calça leve ou uma blusa fina pode fazer diferença, principalmente para quem fica muito tempo ao ar livre.
3. Telas e Mosquiteiros: Barreiras Simples e Eficientes
Colocar telas nas janelas é uma ideia ótima, especialmente em casas térreas ou perto de terrenos baldios. Minha tia fez isso na casa dela no bairro Abadia e diz que nunca mais viu mosquito dentro de casa. Para quem tem bebê ou gente idosa em casa, um mosquiteiro no berço ou na cama é um cuidado extra que vale a pena.
4. Cuide do Lixo e da Vizinhança
Sabe aquele terreno vazio na rua de trás, cheio de entulho? Ele pode ser um criadouro gigante. Converse com os vizinhos, organize um mutirão ou avise a prefeitura. Aqui em Uberaba, a Secretaria de Saúde tem equipes que fazem vistorias, mas eles não conseguem estar em todo lugar o tempo todo. A gente precisa ajudar.
Deixe o lixo bem fechado e coloque para a coleta no dia certo. Sacos abertos ou jogados na rua acumulam água da chuva e viram foco do mosquito. Pequenas ações como essa fazem diferença para o bairro todo.
5. Plantas e Truques Naturais
Algumas plantas, como citronela, lavanda e manjericão, dizem que afastam mosquitos. Não é uma solução mágica, mas ter um vaso na varanda ou no quintal pode ajudar – e ainda deixa a casa mais bonita. Dona Maria jura que as samambaias dela espantam o Aedes, mas eu acho que é mais o cuidado dela com os pratinhos que faz o serviço!
6. Apoie as Ações da Comunidade
Em Uberaba, os agentes de saúde passam de casa em casa, orientando e aplicando larvicidas em locais onde não dá para eliminar a água, como caixas de esgoto. Quando eles baterem na sua porta, receba bem, mostre o quintal e siga as dicas. Além disso, participe de campanhas como o “Dia D” contra a dengue – é uma chance de unir forças com a vizinhança.
A Dengue e as Crianças: Um Cuidado Especial
Quero falar um pouco sobre as crianças, porque elas me preocupam bastante. Meu sobrinho, o Pedro, de 8 anos, adora brincar no quintal e correr atrás da bola na rua. Mas, no ano passado, ele pegou dengue, e foi um susto danado. Crianças muitas vezes não sabem descrever bem o que sentem, e os sintomas podem ser confundidos com outras viroses.
Com elas, a prevenção é ainda mais importante. Ensine os pequenos a não deixar brinquedos que acumulem água espalhados, como baldes ou piscininhas plásticas. Coloque repelente antes de eles saírem para brincar e, se possível, evite horários de pico do mosquito. E, claro, fique de olho: qualquer febre que não explica merece atenção.
O Papel da Cidade e do Poder Público
Aqui em Uberaba, a prefeitura tem feito um trabalho sério contra a dengue. Além das visitas dos agentes, há campanhas na TV, rádio e até nas redes sociais. Mas o poder público sozinho não dá conta. Lembro de uma vez que vi um caminhão de fumacê passando na minha rua – aquele nevoeiro que mata os mosquitos adultos. É útil, mas não resolve o problema dos ovos e larvas. A solução de verdade está nas nossas mãos.
Se você vir um foco de água parada na rua ou num terreno público, ligue para o Disque-Dengue (aqui é o 3318-0800) ou avise pelo aplicativo da prefeitura. Quanto mais a gente cobra e participa, mais rápido a cidade fica segura.
Um Futuro Sem Dengue: É Possível?
Eu sonho com um dia em que a dengue seja só uma memória distante, como a varíola. A ciência está ajudando: já existe a vacina contra a dengue (Dengvaxia), recomendada para quem já teve a doença uma vez, e outra, do Instituto Butantan, está em teste, prometendo proteção mais ampla. Há também projetos incríveis, como o uso de mosquitos modificados que não transmitem o vírus – um deles foi testado em cidades brasileiras e reduziu os casos drasticamente.
Mas, enquanto essas soluções não chegam a todos, o poder está com a gente. Cada tampinha virada, cada quintal limpo, cada conversa com o vizinho é um passo para um futuro mais saudável. Em Uberaba, uma cidade tão cheia de vida, com sua história rica e seu povo acolhedor, a dengue não pode ter espaço.
Uma Mensagem de Coração
Escrevi esse artigo pensando em você, que mora aqui comigo em Uberaba ou em qualquer canto do Brasil onde o Aedes teima em aparecer. A dengue é um desafio, sim, mas não é maior que a nossa força. Pense na Dona Maria, no Pedro, na sua família. Proteger eles começa com coisas simples: um balde esvaziado, um repelente passado, um mutirão no sábado de manhã.
Então, que tal a gente combinar? Vamos cuidar da nossa casa, da nossa rua, da nossa cidade. Se cada um fizer sua parte, o mosquito não vai ter chance. E, quem sabe, no próximo verão, a gente possa aproveitar as chuvas sem medo, só curtindo o cheiro de terra molhada e um café fresquinho na varanda.
E você, já enfrentou a dengue ou conhece alguém que passou por isso? Me conta nos comentários do blog – sua história pode inspirar outros a entrar nessa luta com a gente!
Aviso: sempre procure um medico se sentir algum sintomas, esse blog e de caráter informativo

