Brasileiros temem perder emprego para a IA, diz pesquisa
32% dos brasileiros têm medo de perder o emprego por causa da IA. Entenda o que dizem os dados, o que vem por aí e como se preparar para o futuro.
TECNOLOGIA


Brasileiros e a Inteligência Artificial: esperança ou medo do desemprego?
Você já parou pra pensar se a inteligência artificial pode afetar o seu trabalho?
Pois é… muita gente no Brasil tá começando a se fazer essa pergunta. Segundo uma pesquisa da Pluxee, feita com dois mil profissionais no país, 32% das pessoas têm medo de perder o emprego por causa da IA. Ao mesmo tempo, 75% veem essa tecnologia como uma aliada no dia a dia.
Parece contraditório? Nem tanto. A verdade é que o sentimento é misto mesmo — entre empolgação e um pé atrás.
O que o pessoal anda sentindo
Imagina um atendente de call center que começa a ver os clientes sendo atendidos por chatbots, como o ChatGPT. Ou alguém do setor administrativo que percebe que relatórios que levavam horas agora são feitos em minutos com ajuda da IA. Não é difícil entender por que rola esse medo, né?
Por outro lado, também tem muita gente vendo o lado bom da coisa. Muita mesmo.
Quase 3 a cada 4 pessoas que participaram da pesquisa disseram que a IA já está ajudando nas tarefas diárias. Sabe aquele monte de coisa repetitiva que toma tempo e cansa? Pois é, agora tá sendo automatizado. Isso deixa espaço pra focar em outras atividades mais criativas ou estratégicas.
Alguns entrevistados falaram, por exemplo, que conseguem tomar decisões melhores com o apoio da IA. Outros mencionaram que agora sobra mais tempo pra pensar em soluções novas pros problemas da empresa.
E tem mais: 43% disseram que gostariam de receber treinamentos práticos pra lidar melhor com essa nova fase. Ou seja, o pessoal quer aprender, quer se adaptar.
Mas o medo existe – e não é à toa
A maior parte das pessoas que têm medo da IA substituí-las trabalha em funções mais operacionais. Aquelas que são mais “mão na massa”, sabe? Tipo produção, atendimento ao cliente, tarefas administrativas…
E cá entre nós: dá pra entender. Essas são justamente as áreas onde a IA e os robôs conseguem dar conta do recado com mais facilidade.
Apesar disso, muita gente acredita que a IA pode trabalhar junto com os humanos, não no lugar deles. A ideia seria algo como: “a máquina faz o básico e eu faço o que ela ainda não consegue”. Tipo aquele garçom que usa IA pra anotar pedidos de forma mais rápida, mas que ainda é essencial pra dar atenção ao cliente.
E olha que interessante: 22% disseram que confiam nas empresas pra fazer essa transição de forma ética, com transparência e responsabilidade. Ou seja, as pessoas querem acreditar que vão ser cuidadas nesse processo.
E o governo, tá de olho nisso?
Tá sim. Tem um projeto de lei rolando no Congresso que quer justamente criar regras pro uso da inteligência artificial no Brasil. É o PL 2338/2023, que já passou pelo Senado e agora tá sendo analisado na Câmara.
A ideia é garantir que a IA seja usada de forma segura, ética e que não cause mais problemas do que soluções. Coisa do tipo: proteger os dados das pessoas, evitar que decisões automatizadas sejam injustas ou discriminatórias e responsabilizar quem usa a tecnologia de forma errada.
Além disso, o governo quer que empresas e organizações apresentem relatórios explicando como a IA pode impactar a sociedade e o meio ambiente. Isso seria uma forma de criar mais transparência no uso dessas ferramentas.
Ah, e uma curiosidade: o Congresso quer ouvir até artistas, como Anitta e Frejat, pra saber como a IA pode afetar a criação cultural e os direitos autorais. Legal isso, né? É um debate que precisa envolver todo mundo.
O que as empresas e os trabalhadores podem fazer?
Bom, enquanto a lei não sai do papel, já dá pra se preparar.
Se você é trabalhador, vale muito investir em aprendizado. Não precisa virar programador ou coisa do tipo, mas entender o básico de como as ferramentas funcionam pode te ajudar — e muito — a se destacar.
Se é empresário, é bom começar a olhar pra IA como parte da estratégia do negócio. Não só pra cortar custos, mas pra melhorar processos, cuidar melhor das pessoas e até oferecer produtos mais inteligentes.
Tem empresa, por exemplo, usando IA pra organizar a escala dos funcionários de forma mais justa. Outra usa pra prever quando a demanda vai aumentar, evitando que a equipe fique sobrecarregada.
E no futuro, o que esperar?
A verdade é que a IA veio pra ficar. Não tem volta.
Mas isso não significa que todo mundo vai ser substituído por robôs. Ao contrário. A tecnologia pode — e deve — ser usada pra facilitar a vida das pessoas, e não pra deixá-las de lado.
O segredo vai ser encontrar o equilíbrio: usar a inteligência das máquinas sem abrir mão da sensibilidade humana. Porque, no fim das contas, tem coisa que só a gente sabe fazer: ouvir com empatia, criar com emoção, cuidar com carinho.
Agora me diz: você já usa alguma ferramenta de IA no seu dia a dia? Acha que ela ajuda ou mais atrapalha?
Perguntas que todo mundo tá fazendo (FAQ)
1. A IA vai mesmo acabar com os empregos?
Não exatamente. Ela pode sim substituir algumas tarefas, principalmente as mais repetitivas. Mas também cria novas funções e oportunidades. O importante é se adaptar.
2. Quais áreas estão mais em risco?
Atendimento ao cliente, tarefas administrativas, suporte e até marketing estão passando por mudanças com a chegada da IA. Mas isso não quer dizer que vão acabar — só que vão se transformar.
3. O que é esse projeto de lei que estão discutindo?
É o PL 2338/2023. Ele quer definir regras pro uso da IA no Brasil, pra garantir segurança, ética e responsabilidade.
4. E como eu posso me preparar?
Busque aprender. Tem muito curso gratuito por aí. E tente usar a IA no seu dia a dia, nem que seja pra coisas simples como organizar tarefas ou pesquisar algo.
5. As empresas têm alguma obrigação com isso?
Ainda não tem uma lei específica, mas o ideal é que elas ajam com responsabilidade. Treinar os funcionários, ser transparente com os dados e usar a tecnologia pro bem comum são atitudes que fazem diferença.
Pra fechar
A gente tá vivendo uma mudança grande. Tipo daquelas que só acontecem de tempos em tempos.
Dá medo? Dá. Mas também é um momento cheio de oportunidades.
Se a gente usar a cabeça, ouvir uns aos outros e buscar se adaptar com respeito, dá pra fazer a IA trabalhar a nosso favor. Como diz o pessoal aqui no interior: “com jeitinho, tudo se ajeita”.