10 anos de Missão: Impossível – Nação Secreta: o filme mais divertido da franquia

Lançado em 2015, Missão: Impossível – Rogue Nation ainda é lembrado como o filme mais divertido da saga. Relembre cenas marcantes, o impacto de Rebecca Ferguson e a virada que elevou a franquia.

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Lindomar Braga

7/31/20254 min ler

Lançado em 2015, Missão: Impossível – Nação Secreta (Mission: Impossible – Rogue Nation) é, para muitos fãs e críticos, o capítulo mais divertido e carismático de toda a franquia liderada por Tom Cruise. Dirigido por Christopher McQuarrie, o longa-metragem não apenas elevou o padrão da série, como também redefiniu seu tom ao equilibrar ação intensa, suspense bem construído e um toque de humor surpreendentemente sofisticado.

Uma década depois, o filme segue como referência de entretenimento dentro do universo de espionagem no cinema. O site Digital Trends inclusive classificou o título como o “mais divertido da saga”, destacando elementos que continuam ressoando entre o público mesmo após dez anos de seu lançamento.

A virada da franquia

Antes de Nação Secreta, a franquia Missão: Impossível oscilava entre diferentes estilos de direção e abordagens narrativas. Cada filme tinha sua própria identidade, mas nem todos agradaram em igual medida. Foi com McQuarrie que a saga encontrou um eixo criativo mais coeso, construindo uma nova fase iniciada por Rogue Nation e expandida em Fallout (2018) e os capítulos finais da franquia.

Nesse filme, Ethan Hunt continua desafiando limites físicos com acrobacias de tirar o fôlego — mas com um toque inédito de humanidade e ironia. Tom Cruise, como sempre sem dublês, encarna um herói menos “perfeito” e mais falível, o que só aumenta a conexão com o público.

Ilsa Faust: uma protagonista à altura

Um dos maiores destaques do filme foi a introdução da personagem Ilsa Faust, vivida por Rebecca Ferguson. Ao contrário de outras personagens femininas da franquia, Ilsa não é apenas um interesse romântico ou figura de apoio: ela é uma agente de elite do MI6, com motivações próprias e habilidades que rivalizam — e às vezes superam — as de Ethan.

A dinâmica entre Ilsa e Ethan é marcada por respeito mútuo, tensão emocional e colaboração estratégica. Rebecca Ferguson roubou a cena, e sua personagem passou a ser uma das mais queridas do público, voltando nos filmes seguintes como peça central da trama.

🎬 10 anos de Missão: Impossível – Nação Secreta: o filme mais divertido da franquia

Por Lindomar Braga | Publicado em 31/07/2025

A cena da ópera: quando ação encontra arte

Um dos momentos mais memoráveis do filme é a sequência ambientada na Ópera Estatal de Viena. Nessa cena, Ethan tenta impedir um assassinato durante uma apresentação de Turandot, enquanto múltiplos assassinos, aliados e dúvidas surgem simultaneamente.

Mais do que uma cena de ação, esse momento é uma aula de ritmo narrativo e mise-en-scène. A montagem paralela entre o palco, os bastidores e os telhados da ópera cria uma tensão crescente, marcada por silêncio e movimento. É um exemplo de como Nação Secreta consegue transformar uma situação de vida ou morte em uma coreografia quase artística.

Equilíbrio entre ação e humor

Diferente de outros filmes que priorizam o espetáculo visual, Rogue Nation entende que o público também quer rir — mesmo em meio a explosões. Momentos como Ethan tentando abrir uma porta enquanto prende a respiração embaixo d’água ou suas dificuldades para subir numa moto durante uma perseguição ajudam a humanizar o protagonista.

Ao lado de personagens como Benji Dunn (Simon Pegg), o filme garante uma dose de leveza que não diminui a tensão, mas a torna mais acessível. O humor surge naturalmente da situação, e não de piadas forçadas ou personagens cômicos artificiais.

Um elenco afiado

Além de Cruise e Ferguson, o filme conta com um elenco entrosado: Simon Pegg traz humor com timing impecável; Ving Rhames oferece estabilidade e nostalgia como Luther Stickell; Jeremy Renner dá credibilidade política à trama; e Alec Baldwin interpreta o cético diretor da CIA com uma arrogância que contrasta perfeitamente com os métodos não convencionais da IMF.

O vilão Solomon Lane, vivido por Sean Harris, também se destaca por sua frieza e manipulação estratégica. Sem exageros ou caricaturas, ele representa uma ameaça silenciosa, inteligente e persistente — diferente de antagonistas explosivos de outros capítulos.

Cenas marcantes além da ópera

Além da famosa ópera, o filme entrega outras sequências inesquecíveis:

  • A perseguição de moto no Marrocos: um show de velocidade e precisão, com tomadas reais e sem CGI excessivo.

  • A infiltração no cofre subaquático: uma das cenas mais tensas da franquia, com Cruise mergulhando sem equipamento por longos minutos.

  • A emboscada final em Londres: onde estratégia e astúcia vencem força bruta.

Essas cenas não são apenas visualmente impressionantes — elas fazem parte do enredo de forma orgânica, impulsionando a história e os personagens.

O legado de Nação Secreta

Lançado entre dois gigantes da saga (Protocolo Fantasma e Fallout), Rogue Nation consolidou um novo tom para a franquia: menos fantasioso, mais calculado. Ainda há ação de tirar o fôlego, mas com maior atenção à narrativa, ao desenvolvimento de personagens e à estética cinematográfica.

Esse novo padrão se manteve nos filmes seguintes, com McQuarrie continuando à frente do roteiro e da direção, garantindo continuidade, coerência e inovação. A franquia passou de "blockbuster de ação" para "série de ação de elite".

Recepção do público e da crítica

O filme foi bem recebido tanto pela crítica quanto pelo público. No Rotten Tomatoes, mantém uma aprovação de mais de 90%, sendo elogiado por sua direção precisa, ritmo envolvente e elenco carismático.

Nas redes sociais e fóruns de fãs, como o Reddit, é comum ver Rogue Nation citado como o "favorito pessoal" ou "entrada mais divertida" da série. Muitos destacam o equilíbrio perfeito entre tensão e leveza, algo raro em franquias longas.

FAQ – Perguntas Frequentes

🟠 Missão: Impossível – Nação Secreta é essencial para entender os outros filmes?
Sim. Ele introduz personagens-chave, como Ilsa Faust e Solomon Lane, que retornam em filmes posteriores.

🟠 O filme pode ser assistido sozinho?
Sim. Apesar de fazer parte da franquia, sua trama é bem amarrada e compreensível mesmo para quem não viu os anteriores.

🟠 Rebecca Ferguson volta em outros filmes da série?
Sim. Ela retorna em Fallout e nos dois capítulos de Dead Reckoning, se tornando uma das figuras centrais da nova fase da franquia.

🟠 O que diferencia esse filme dos anteriores?
Sua combinação de suspense, ação realista, humor sutil e personagens femininas fortes torna Rogue Nation uma experiência mais equilibrada e sofisticada.

🟠 Qual o impacto de McQuarrie como diretor?
Ele trouxe consistência à franquia, apostando em roteiros mais sólidos, continuidade narrativa e cenas de ação mais bem integradas à história.

Fonte da notícia: Digital Trends
Publicado em: uberabadigital.com

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